O ex-presidente dos EUA Donald Trump foi condenado na 6ª feira (12.jan.2024) a pagar US$ 392,NYT6 mil (cerca de R$ 1,9 milhão) em honorários advocatícios ao The New York Timese a 3 repórteres do jornal. O republicano processou a publicação e os jornalistas por uma reportagem de 2018 sobre como a riqueza da família Trump foi construída com práticas que envolvem fraude fiscal.
Um tribunal de Nova York determinou, em maio, que o jornal e os repórteres Susanne Craig, David Barstow e Russell Buettner deixassem de fazer parte da ação. Desde então, Trump batalha na Justiça contra a sua sobrinha, Mary Trump, argumentando que ela violou um acordo ao fornecer registros fiscais aos jornalistas. As informações são da AP(Associated Press).
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Na decisão, o juiz Robert Reed, de Nova York, afirmou que, dada a “complexidade das questões” que compõe o caso, era razoável que Trump fosse forçado a pagar os honorários advocatícios das defesas do jornal e dos repórteres.
Danielle Rhoads Ha, porta-voz do The New York Times, disse que a decisão mostra que o chamado estatuto anti-SLAPP, que proíbe processos judiciais sem fundamento destinados a silenciar críticos, “pode ser uma força poderosa para proteger a liberdade de imprensa”. Segundo ela, “o tribunal enviou uma mensagem àqueles que querem fazer mau uso do sistema judicial para tentar silenciar os jornalistas”.
No processo, aberto em 2021, o ex-presidente acusou os repórteres de procurarem Mary Trump de forma insistente e de a convencerem a entregar registros fiscais confidenciais. Segundo a defesa de Trump, os jornalistas estavam cientes de um acordo que a impedia de divulgar os documentos, obtidos por ela em uma disputa sobre os bens de Fred Trump, patriarca da família.
A advogada de Donald Trump, Alina Habba, disse que a defesa continua decepcionada com o fato de o jornal e seus repórteres terem sido retirados do caso, mas que está “ansiosa” para prosseguir com o processo contra Mary Trump.
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